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Edição:   22 de JUNHO de 2007  
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Esta coluna é hoje, dedicada à memória de
Norberto Marcondes Faria-o Todi


Todi em foto do ano de 1995

Faleceu, no dia 18 deste, segunda feira passada, no Hospital São Francisco, em Mogi Guaçú, onde se achava internado, vítima de infarto agudo ao qual não resistiu, mesmo socorrido com o desvelo, presteza e dedicação da equipe médica que o socorreu. Um infarto inesperado, imprevisível, que tem explicação na Misericórdia Divina. Deus,Nosso Pai, bom e justo como é, sabendo de quem se tratava, cuidou de lhe direcionar este incidente que, se lhe abreviou a vida, também poupou-lhe sofrimentos imensuráveis que se delineavam para o futuro.

Meu cunhado Todi, há pouco mais de 4 meses, vinha se tratando de um câncer de próstata que já se expandira para um dos pulmões. Perdeu peso, perdeu ânimo, mas não o suficiente para abandonar o trabalho, o sorriso, a palavra boa e solidária que sempre tinha, de pronto, para cada um de nós. Morreu, sem perceber pois, a internação foi tranqüila, com sua total aquiescência e, no pequeno prazo em que transcorreu, mostrava-se confiante de que, em questões de horas estaria recuperado e de volta ao lar. Voltou sim: sereno, mas com a paz que fez por merecer.

Nascido em Andradas, no ano de 1932, passou a infância no Paraná e, já na adolescência, voltava sozinho à terra natal onde se dedicou ao ramo de padaria. Primeiro, trabalhou em Caldas por algum tempo, onde conheceu minha irmã, Ernestina Tereza Zétula Faria, com quem se casou em 18 de fevereiro de 1954. Nesta época, já havia voltado para Andradas onde, com a força de seu trabalho incessante, já se instalara como comerciante com a Padaria São Sebastião, hoje, mais conhecida por Padaria do Todi. E o Padroeiro da cidade o abençoou sempre, talvez, com a visão celestial de que ali estava um andradense trabalhador, disposto a contribuir para com sua terra, com o seu progresso e desenvolvimento. Todi não parou nunca. Com o suor de seu trabalho, auxiliado de perto, pela dedicada e não menos lutadora esposa, viu seus negócios crescerem e prosperar como nunca. Todos conhecem a curva prodigiosa de sua vida, produto do trabalho contínuo e, sobretudo, honesto, com o maior respeito aos seus semelhantes, às leis, à ordem natural das coisas. Sem dúvida, meu cunhado Todi era um dos remanescentes de uma época ordeira quando o homem primava pela lisura, pelo comportamento, pelo comedimento dos seus atos, fazendo prevalecer o amor ao próximo, o respeito mútuo, o cumprimento de seus deveres, a solidariedade humana, a integridade, a honestidade e o temor a Deus. E ele foi muito feliz assim!

Todi teve 4 filhos, dois deles médicos, e 6 netos, sendo que, 4 deles, atualmente, também cursam Medicina. Há 15 anos, enviuvou-se, quando Tereza veio a falecer, vítima de um câncer de mama que a fez sofrer por incríveis 12 anos. Passado algum tempo, Todi passou a conviver com Edna Tonon de Almeida, amiga e companheira que conquistou toda a nossa família pela sua bondade, sua fidelidade e sua dedicação que, de forma incomparável, lhe dispensou por todos os anos em que conviveram até este seu último momento. Será, para sempre, querida de todos nós, digna de todo o respeito e carinho que, com muita propriedade, nos conquistou e, assim, permanecerá ao nosso lado, nessa nova etapa de nossas vidas sem a presença da voz confiante e confiável de nosso querido e já saudoso, familiar.


Com a companheira inseparável Edna Tonon de Almeida


Com os filhos Antônio Fernando, João Guilherme, Norberto Júnior e Maria

Agradecimento

Nesta oportunidade, em meu nome e de toda a nossa família, agradecemos a todos que nos confortaram e ainda nos confortam nestas horas tão tristes e difíceis. A presença maciça de familiares e amigos, que lhe foram levar o último adeus, nos emocionou de forma extraordinária, amenizando a nossa dor e nos certificando de que a sua vida não foi em vão. Valeu por tudo que fez e pelas incontáveis amizades que aqui deixou, gente que, jamais, o esquecerá.
Que Deus recompense a todos!

Uma feliz e agradável surpresa, em meio a tanta dor, foi a manifestação espontânea de Maria Aparecida dos Reis, servidora pública aposentada que, com toda a pureza de sua pessoa simples e humilde, falou no derradeiro momento do sepultamento, palavras que tocaram de perto, o coração de todos que a ouviram; “ O Todi era um homem muito bom. Quando eu passava pela padaria, todos os dias, varrendo a rua, ele me chamava e dizia: Maria, toma este pão e come. Mata a tua fome. Ele era bom pra todo mundo”.

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