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Edição:   22 de JUNHO de 2007  
Capa da Semana

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Padre Mariano Garzo – um nome fulgurante do clero andradense
Sebastião Roberto de Campos

Antes de iniciarmos uma história sobre o sacerdote em referência, gostaríamos de dizer aos leitores que o nosso estilo jornalístico é eminentemente construtivo, voltado, tão-somente, à Cultura e, destarte, não se ocupa de polêmicas nem de ataques a pessoas ou entidades. O mundo de hoje está cheio de tragédias, há dores e lágrimas por todos os cantos, e achamos que uma palavra de incentivo, de solidariedade, de compreensão e de amparo que emitirmos, é o melhor que podemos fazer. Se, amanhã, formos publicar qualquer crítica que vise o interesse da população, ou lutar por algo, a nossa linha de proceder escudar-se-á nos seguintes princípios: 1) coerência absoluta com a verdade; 2) cautela para que não nos incorramos em injustiças; 3) imparcialidade; 4) espírito de humanidade e 5) linguagem cometida, sem agressões, visando o diálogo acima de tudo. Com sabedoria e tanto, o homem pode realizar maravilhas em prol de uma população! Nada de estilo mordaz que venha a ferir suscetibilidades, pois tudo o que se escrever fica para sempre, como se gravado fosse em placas de metal ou de mármore. Enfatizar o Bem, aquilo que eleva e inspira, é o nosso lema.

Feita essa explicação, passemos, agora, ao campo da História. Queremos que os feitos da gente andradense se eternize, e para isso nada melhor que as páginas de um jornal ou os recursos da moderna eletrônica, que ficarão como subsídios às gerações vindouras. Já de há muito, alguns leitores nos solicitaram que escrevêssemos sobre o saudoso Padre MARIANO GARZO, um grande sacerdote que viveu há quase cem anos. Recentemente, uma professora do ensino fundamental perguntou-nos sobre a vida desse religioso e, agora, com prazer, vamos satisfazêla nessa parte. O Padre Mariano Garzo foi vigário em Andradas entre os anos de 1880 e 1910, ou seja, durante trinta anos ininterruptos. Ele exerceu o paroquiato numa época difícil, de grandes agitações políticas, quando a chamada República Velha dava os primeiros passos, embora ele tenha tomado uma atitude neutra, própria de todo bom religioso. Foi um sacerdote que permaneceu por longo tempo à frente de seu rebanho em terras andradenses, razão porque a sua história é digna de ser contada com ênfase, piedade e emoção. Ele residiu num prédio antigo, no centro da cidade, onde hoje, em nova construção, reside o ilustre médico Dr. Nilo Pérsio Paro (nº 238). A rua, com toda justiça, denomina-se Rua Padre Mariano Garzo, e vai até à Vila Santa Cecília.. Ocupemo-nos de seus dados pessoais: Mariano Garzo nasceu em 27 de junho de 1850 na cidade de Laurita, na Itália, e faleceu em 25 de abril de 1910 na Vila do Caracol, hoje Andradas. Contava, então, 59 anos de idade. Poderia ter vivido mais, porém, na época, os recursos da Geriatria (parte da Medicina que estuda as doenças da velhice) eram escassos, e por conseguinte, a expectativa de vida tornava-se menor.

Quando ele faleceu, seu corpo foi recomendado pelo Vigário Padre José de Barros Ferraz da Luz. Atualmente, há a Pastoral das Exéquias, da Igreja Católica Apostólica Romana , que se incube dessa louvável missão. Releva dizer que de 1857 a 1865 os padres eram designados como capelões. O primeiro deles foi o Padre Lúcio Leite de Medeiros Freire, que aqui permaneceu de 1857 a 1860. Quanto ao último, citamos o Padre José Bento da Costa, de 1863 a 1865. (Capelão é o padre que diz missa em capelas). Tivemos a oportunidade de manusear um exemplar da Bíblia Sagrada que pertenceu ao Padre Mariano Garzo. Encadernada em percalina escura, está, ainda, em boas condições. A versão é de João Ferreira de Almeida, e traz na página inicial a assinatura de seu dono, em letras já apagadas. Naquele tempo, os livros ainda eram escassos, impressos em tipos móveis, e caros. O referido exemplar, se não nos enganamos, encontra-se no museu local. Não faz muito tempo ,o saudoso Padre Teodoro Van Oijen, que foi também vigário de Andradas por longo período, providenciou para que os restos mortais do Padre Mariano Garzo fossem trasladados para o necrotério sito à Rua Aurélio Beraldo Ribeiro. Lá se encontra uma placa de mármore com dizeres muito piedosos, justa homenagem, aliás, àquele que proclamou o amor de Deus pelos caminhos nobilitantes do sacerdócio. Há dias, vimos quando uma garota lá chegou e colocou sobre a lápide uma rosa vermelha. Tal gesto chamou-nos a atenção e, por conseguinte, tocou a nossa sensibilidade. Prezado leitor e estudioso das coisas locais, eis o que nos competia escrever sobre a vida do referido sacerdote, que deixou a sua pátria para viver no antigo Caracol do final do século XIX e começo do século XX. Vamos pesquisar mais para voltarmos com novos e interessantes dados. A História é interminável, razão pela qual Cícero qualificou-a como a “Mestra dos povos .

Sebastião Roberto de Campos é escritor e historiador andradense, tendo publicado livros em prosa e verso. Membro de várias entidades literárias.

Nota do autor: Na próxima quarta-feira, 27 de junho de 2007, comemorar-se-á o 157º aniversário do Padre Mariano Garzo que, infelizmente, não era um segundo Matusalém.

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